” Sempre duvidei de quase todas as estruturas que já existiam antes da minha vinda ao mundo, e hoje não tenho a certeza de quase nada, pois só pode ter certezas absolutas, pessoas que leram muito poucos livros na vida.”
Todo homem que for dotado de espírito filosófico há de ter o pressentimento de que existimos e vivemos, se esconde outro muito diferente e por consequência, a primeira não passa de uma aparição da segunda. Eu, Nilo Deyson Monteiro, como filósofo não vejo nada que transforme o mundo, apenas enxergo possibilidades individuais de seres indignados que por curiosidade, possam abrir à porta da qual acaba de por seus olhos pelas brechas. Veja, a liberdade está no não pertencimento, ou no pertencimento zero. A Filosofia faz perguntas e não dá respostas, eis a diversão da liberdade. Se tudo é teatro, que tal os bastidores do impedimento?
Temos crenças, condicionamentos e impedimentos. Onde é afinal que eu estou? Quem sou eu? Por qual motivo de verdade eu faço o que faço? São algumas das centenas de perguntas que precisam ser investigadas.
Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre. Pois enxergamos o que muitos não enxergam e se falarmos daquilo que enxergamos somos nós, os filósofos taxados de loucos. Veja, às pessoas já estão presas à anos em suas prisões próprias e voluntárias, de sorte que não há perspectiva de vida para elas de modo livre, à menos que haja uma crise existencial e uma possível libertação por meio da filosofia. Quem cria os céus e infernos na vida é o espírito da pessoa. Já o espírito da filosofia é problematizar tudo, se opor à todo tipo de condicionamento.
A Filosofia é a forma mais elevada da razão, pois na filosofia é que o espírito reflete sobre o seu papel na história. Penso que só a filosofia é que pode fazer o ser humano livre de si mesmo, livre de seus demônios e impedimentos. A Filosofia é o espelho do espírito já livre.
Enfim, o espírito da filosofia é libertar da ignorância e elevar nas alturas o nível de consciência do ser, fazendo do homem um sujeito de livre e de bons costumes, bem como uma referência de conhecimento e equilíbrio diante das situações e pessoas ao longo de seu turno enquanto vida.
Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha