Evo Morales, candidato à reeleição, foi eleito vencedor pelo governo, ainda que site da Justiça Eleitoral mostrasse que o segundo turno seria necessário;
Em eleições ocorridas na data de 20 de outubro de 2019, os bolivianos foram às urnas, para eleger quem seria o chefe do executivo no próximo ciclo no país. Tendo o Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia apontado o atual presidente Evo Morales como vencedor em paralelo a finalização da contagem de votos, a decisão gerou protestos na capital La Paz.
O candidato da oposição, Carlos Mesa, tinha seus partidários contestando este resultado divulgado se embasando no fato de que Evo Morales havia sido declarado vencedor pelo governo com 95,22% das urnas apuradas e apontando 46,86% para Evo contra 36,73% para Carlos.
Entretanto, os números apontados no site da apuração demonstravam a vantagem de Evo menor sobre Carlos: 46,4% para o candidato à reeleição contra 37,07% do candidato da oposição (números de 98,98% das urnas apuradas). Nesse contexto, Evo Morales precisaria de mais 0,67% de diferença para ser eleito no primeiro turno.
A legislação boliviana aponta que o candidato pode ser eleito se acumular 50% mais 1 dos votos válidos ou se tiver 40% dos votos válidos com 10% de margem sobre o segundo colocado. Haja vista a margem entre os candidatos poder não ter alcançado a segunda possibilidade de vitória em primeiro turno, o opositor Carlos afirma que não reconhecerá a vitória do atual presidente.
No último final de semana, Evo Morales renunciou ao cargo de presidente, após 14 anos no poder. Este renunciamento dele foi culminado pela pressão popular e denúncias de fraude eleitoral, aliadas à pressão das Forças Armadas Bolivianas e seu general Williams Kaliman que, em comunicado, sugeriu que Evo renunciasse ao mandato presidencial.
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